30 de novembro de 2010

Mãe e o abraço no tempo

O vento balança os galhos,
Balança os pássaros da noite
E meus cabelos sonâmbulos.
Faz muito frio agora...
Véspera do dia das mães.

A noite é longa de imagens saudosas.
Os dias passaram,
Os filhos cresceram
Sem que eu percebesse que ficava só...

Onde estão meus meninos?
As camas estão vazias na mente,
A casa é grande e escura,
Meu abraço não os cobre mais,
São homens agora...

O frio aumenta a lembrança.
Abro os braços na tentativa
De voltar no tempo.
O vento insiste, sacode tudo, até a alma...
Aumenta a saudade e fico só...
com o frio e os braços abertos,
na longa noite sem abraço...

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